“Aliança PSD-PT é uma canoa furada, sem remos, no repiquete”, comenta assessor de Petecão

TENHO ACOMPANHADO nos bastidores as conversas sobre uma aliança entre o senador Sérgio Petecão (PSD) e políticos do PT, para a disputa do governo, com a suposição do Jorge Viana (PT) sendo o candidato ao Senado da chapa.

Vários emissários petistas têm procurado Petecão na busca deste cenário, que consideram ideal para 2022. Como diria Jack, o Estripador, vamos por partes. O primeiro ponto teria que ser mandar a candidatura do deputado Jenilson Leite (PSB) ao governo para cantar em outra freguesia. Até aqui, Jenilson aposta numa aliança com o PT. A segunda parte, é que confundem a força eleitoral do PT com a força eleitoral do Jorge Viana, mas estão em polos diferentes. O PT, como partido, ainda carrega um forte desgaste da derrota para o governo em 2018; e, que se refletiu no fracasso da última disputa da PMRB.

O Jorge Viana tem votos bem além dos muros eleitorais do PT. Numa aliança com o Petecão, este ganharia apenas o ônus do desgaste do PT; e jamais, o bônus dos votos extra-PT do Jorge Viana. Seria uma aliança em que o senador Sérgio Petecão (PSD) entraria com a cara e o PT com o tapa. O único beneficiado seria o JV, que ganharia a estrutura do grupo do Petecão e um belo de um empurrão na sua campanha de senador.

Uma frase dita ontem por um dos assessores mais próximos do senador Sérgio Petecão (PSD), definiu bem o que seria esta aliança: “Seria colocar o Petecão numa canoa furada, sem remos, num repiquete”. E, nada mais disse e nem lhe foi perguntado.

HIPÓTESE ZERO

É UMA QUESTÃO FECHADA dentro da direção do PP. A hipótese da senadora Mailza Gomes (PP) não vir a ser candidata a mais um mandato em 2022, é igual a zero.

OBSCURANTISMO DA IDADE MÉDIA

O presidente Jair Bolsonaro é uma pessoa com mentalidade obscurantista da Idade Média. Foi salvo pela ciência na facada que levou, e voltou a defender uma tese maluca, mentirosa, agredindo a ciência, de que a vacina causa AIDS. O pior é quem gente que ainda acredita.

FILIAÇÃO CERTA

QUEM APOSTAR numa aliança política entre o prefeito Mazinho Serafim e o governador Gladson Cameli, se prepare para perder. Formará no palanque do Petecão.

BUMBO FURADO

O RETROSPECTO mostra que, o Bolsonaro é muito forte no estado. Mas que não transfere votos. Foi assim com o Coronel Ulysses para o governo; e, com o Roberto Duarte para a PMRB. Ambos tiveram votações ridículas. E, a lembrar que, na sua eleição estava forte; e hoje, mal nas pesquisas. Por isso, é bom não apostar neste cacife.

VAI TER QUE DAR VIVAS

ATÉ AQUI, o deputado Roberto Duarte (MDB) manteve-se distante do Palácio Rio Branco, sendo um dos críticos mais ferozes do Gladson. Mas, se for candidato da aliança puxada pelo senador Márcio Bittar, terá que dar vivas ao Gladson na campanha do próximo ano. E, a vida seguirá.

GOLPE NO CARTEL

O PREFEITO Bocalom gaba-se de ter dado um golpe no cartel da venda de medicamentos, que há décadas domina o setor no estado. Passou a comprar fora do estado, rendendo à PMRB, segundo ele, 20 milhões de economia.

CONTINUA A PORCARIA

MAS, POR outra lado, o atendimento aos usuários do transporte coletivo continua uma porcaria, com ônibus sucatas, demora para chegar nas paradas, irritando a população. Isso ofusca ter baixado o preço das passagens.

PERDE O IMPACTO

QUE importa se baixou 50 centavos no preço das passagens, se a população chega a esperar 1 hora nas paradas de ônibus, para embarcar num coletivo?

NÃO É DA RESPONSABILIDADE

UM PARLAMENTAR destina emendas a uma prefeitura. A partir daí, se o prefeito fizer uma licitação superfaturada, é o único responsável. Não há como acusar o deputado federal Flaviano Melo (MDB) de um ato que não praticou.

MORRE NA LIBERAÇÃO

A TUTELA de um deputado federal sobre as suas emendas parlamentares morre na sua distribuição para as prefeituras, desta etapa em diante, o responsável legal é o prefeito. O Flaviano está limpo nesta história.

VAI FICAR CAPENGA

A SE CONFIRMAR que, o prefeito Mazinho e o deputado Roberto Duarte deixarão o MDB, a chapa do partido a deputado federal ficará capenga. Se a Jéssica Sales sair para o Senado, ficará só o Flaviano Melo na chapa. E, precisará em torno de 57 mil votos para se eleger.

ACABOU O FAZ DE CONTA

CONVERSANDO ontem com três dirigentes de partidos diferentes, todos se queixaram da dificuldade de encontrar mulheres que somem votos, a nova legislação reduziu os candidatos a deputado federal a nove. Não podem mais preencher a cota feminina no faz de conta.

NÃO CONFUNDAM ALHO COM BUGALHO

PARA deputado, com uma forte estrutura, e uma campanha organizada, o caminho é curto para a eleição. É diferente do candidato ao Senado ou ao Governo. Nos dois casos, ou conseguem uma empatia com o eleitor, caem na graça, ou correm o sério risco de perder. A eleição para deputado é individual, a majoritária é coletiva. Por isso, não confunda alho com bugalho.

FEZ O QUE TINHA DE SER FEITO

O SENADOR Márcio Bittar (sem partido) tem dito que fez o que tinha que ser feito para ajudar o governo; e, em cima disso, espera que o governador Gladson Cameli anuncie como contrapartida o apoio à Márcia Bittar ao Senado, antes de fechar o ano. Não vê outro cenário.

SUA MAJESTADE ELEITOR

NENHUM DOS candidatos ao governo tem percorrido mais o estado que o deputado Jenilson Leite (PSB). Pode ter igual, não mais que ele. Se isso vai render votos para a sua eleição a governador, a conversa é com sua majestade, o eleitor. Mas, ele continua apostando que sim.

PODE ANOTAR

FALO DO QUE conheço dos acontecimentos dos bastidores: é remotíssima a chance de uma aliança entre o senador Sérgio Petecão (PSD) e o PT, no primeiro turno.

FRASE MARCANTE

“Faça sempre amigos, não se sabe o dia de amanhã”. Máxima da sabedoria oriental.