Segundo o portal Metrópoles, ficou decidido que o presidente do STF, ministro Luiz Fux, se pronunciará amanhã (8), antes da abertura do plenário, para repudiar as ameaças feitas por Bolsonaro.

Há cerca de um mês, após cancelar uma reunião entre os Poderes, Fux já havia se mostrado incomodado com as ofensas do presidente aos membros da Corte. Agora, ele deve subir o tom do discurso.

Pela manhã, em Brasília, o presidente já havia ameaçado o Supremo, mas sem citar nomes. “Nós não mais aceitaremos que qualquer autoridade, usando a força do poder, passe por cima da nossa Constituição. Não mais aceitaremos qualquer medida, qualquer ação ou qualquer certeza que venha de fora das quatro linhas da Constituição. Nós também não podemos continuar aceitando que uma pessoa específica da região dos três poderes continue barbarizando a nossa nação. Não podemos aceitar mais prisões políticas no nosso Brasil. Ou o chefe desse poder enquadra o seu ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos. Nós valorizamos, reconhecemos e sabemos o valor de cada poder da República. Nós todos aqui, na Praça dos Três Poderes, juramos respeitar a nossa Constituição, quem age fora dela se enquadra ou pede pra sair”, disse Bolsonaro.

Após o discurso do presidente, Alexandre de Moraes usou as redes sociais para falar sobre o Dia da Independência, reforçando a importância do respeito à Democracia.

Em São Paulo, o discurso foi ainda mais contundente. “Qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, este presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou. Ele tem tempo ainda de pedir o seu boné e ir cuidar da sua vida. Ele, para nós, não existe mais! Liberdade para os presos políticos! Fim da censura! Fim da perseguição àqueles conservadores, àqueles que pensam no Brasil”, disse, a uma multidão entusiasmada, que gritava ‘eu autorizo’.

Ele voltou a defender o voto impresso, mesmo após o projeto ter sido enterrado no Congresso Nacional, e defendeu a MP que limita a remoção de conteúdo das redes sociais, editada ontem (6). João Doria, governador de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a imprensa também foram alvos do discurso.