Mais transparência: Vereadores de Epitaciolândia concedem ao executivo remanejar 1% no orçamento 2022

Da Redação

Na manhã desta quarta-feira 17, a grande maioria dos vereadores de Epitaciolândia negaram pedido do executivo municipal que solicitava da Câmara, crédito suplementar e remanejamento de despesas nas ordem de até 30%.

A proposta da prefeitura foi negada pelos vereadores que optaram em dar apenas 1% ao pedido do executivo municipal.

Entre as alegações dos vereadores estão: Abandono das ruas da cidade, onde 22 delas foram licitadas e o dinheiro está na conta da prefeitura desde a gestão passada e essa administração não executou os serviços; muitos trabalhos mal feitos em ramais; realização de eventos culturais e esportivos com gastos desnecessários pagos a artistas e clubes de festas; farras em diárias; ausência de respostas aos pedidos de informações dos vereadores e até campanha antecipada com os famosos itinerantes.

A maioria significativas dos edis, (sete deles), aprovaram que o executivo pode trabalhar com 1%  do orçamento, e qualquer valor acima disso tem que informar ao legislativo.

A proposta de 1% ao executivo partiu da mesa diretora que tem como atual presidente o vereador Diojino Guimarães (MDB), vice-presidente Messias Lopes (PT), e primeiro secretário José Maria (PSL). sem cargos na mesa diretora, mas com voz e apoio aos pares do acento de cima, estão Rubens Rodrigues (PSD) e Pantico da Água (SD). O chamado na cidade de grupo dos cinco.

No momento da votação havia um clima de mistério pela ausência do líder do prefeito na câmara, vereador José Antônio – Nego (Progressista), e do vereador Marco Ribeiro(PSDB), os únicos a não participarem da votação, mesmo assim os demais sete parlamentares mirins, incluindo as vereadoras de base do prefeito, Lucimar Monteiro-Preta (Progressista) e Seliene Lima (podemos),  aprovaram 1% ao executivo.

Em conversa com a imprensa local, vereadores fizeram os esclarecimentos pertinentes:

o  vereador Jose maria destaca que o fato de a câmara aprovar 1% para a prefeitura não emperra os trabalhos do executivo, muito pelo contrário, mostra a transparência do dinheiro publico passando pelo crivo do legislativo municipal. Jose Maria lembra que em nenhum momento a atual legislatura votou contrário aos projetos encaminhados pela prefeitura com exceção desse referente ao orçamento 2022 e que faz com que o legislativo exerça seu papel de fiscal do município.

Messias Lopes enfatiza que o próprio Ministério Publico alerta que o ideal é que todo recurso municipal deve passar pelo conhecimento imediato da Câmara municipal, recomendando até zero%. “Esse 1% significa que qualquer remanejamento de uma rubrica para outra, o prefeito tem que informar aos vereadores que são fiscais do povo. Tem gente que imagina que o prefeito vai ficar impossibilitado de fazer alguma coisa, não é isso, não estamos tirando nenhum real dos mais de 40 milhões do orçamento de 2022, estamos sendo transparentes e não podemos assinar cheque em branco para a prefeitura”, disse.

para o vereador Rubens Rodrigues , essa aprovação de 1% ao executivo significa que vai haver fiscalização mais rígida dos recursos públicos. “Nós e a população saímos muito vitoriosos. É remanejado muito dinheiro público para pouca coisa, nos últimos dez meses é muita festa improdutiva, com exceção da festa gospel. Nós temos uma secretaria municipal esportes que parece que está engessada, contrataram uma empresa de fora para realizar uma corrida ciclista no valor de 23 mil reais, isso é um absurdo e essa pratica nós não aceitamos”, enfatizou ele.

Em resposta ao jornalista Roberto Rocha, o vereador Pantico da Água, garantiu que a aprovação do remanejamento dos recursos públicos em 1% para o prefeito, é um ganho para o povo de Epitaciolândia, e não vai prejudicar de forma alguma os trabalhos no município. “Temos que ter a maior transparência possível e nós estaremos aqui fiscalizando”, enfatizou.

O presidente Diojino Guimarães foi sucinto em dizer que a aprovação do orçamento foi uma vitória do povo ao qual eles representam. “Nós podemos fiscalizar melhor, a prefeitura vai dar uma satisfação para a Câmara, nós estamos desde o mês seis, sem diálogo, não por nossa causa. Eu posso até não gostar do prefeito, como ele pode não gostar de mim ,mas os poderes tem que dialogar e se respeitar e isso não está acontecendo. Estou batendo sempre na tecla que temos mais de 22 ruas que foram licitadas e os trabalhos não foram feitos por incapacidade da gestão, mas nunca recebemos respostas do executivo. Você vai ver que ano que vem as ruas vão ser asfaltadas as coisa vão andar, mas por que a câmara está trabalhando da forma que está”, finalizou.